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As mulheres de Abel

Mariana é a filha mais nova. Maria Inês é a filha mais velha. Ana Xavier é a esposa. Leila Pereira é a presidente do Palmeiras. Três portuguesas e uma brasileira. Quatro mulheres que vão definir lado a lado o próximo passo do técnico Abel Ferreira no futebol. “Em relação ao meu contrato, se fico ou não fico no Palmeiras, quem vai decidir é a minha família"

Abel Ferreira e família; Foto: Acervo pessoal Instagram

Abel Ferreira e família; Foto: Acervo pessoal Instagram

A declaração acima de Abel, em meados de agosto, resume na perfeição o poder que as mulheres que o acompanham têm na sua (vitoriosa) carreira, especialmente no Brasil.

Vinculado ao clube paulista apenas até dezembro de 2025, o português sabe que, se depender exclusivamente de Leila, um novo acordo válido por mais duas temporadas (até dezembro de 2027) é desenhado e assinado em questão de minutos.

A presidente alviverde nunca escondeu que morre de amores pelo maior técnico da história do clube (dez títulos conquistados). A união de sucesso já dura pouco mais de quatro anos e, mesmo com os velhos conhecidos obstáculos de um “casamento”, continua viva.

Um grave momento de “infidelidade” por muito pouco não colocou tudo a perder. No fim de 2023, Abel Ferreira aceitou deixar o Palmeiras para trabalhar no multimilionário campeonato do Qatar. Um duro golpe que pegou toda a diretoria de surpresa.

“Leila tem trabalhado arduamente nos bastidores para garantir a permanência do português para além de 2025. Está disposta a oferecer um salário ainda maior, melhores condições para buscar mais títulos, confiança, apreço e respeito”.

Entretanto, o português repensou e descumpriu o pré-contrato que havia assinado com o Al Sadd. A reviravolta acabou por ter sérias consequências. Além do clima hostil, o técnico foi obrigado a pagar uma indenização de 5 milhões de euros (R$ 32 milhões, na cotação atual).

Mesmo com a “traição”, Leila Pereira assumiu a dívida de Abel, num acordo feito somente em agosto de 2025, quando deixou de cobrar do mesmo clube qatari uma antiga dívida em relação à venda do jovem meia-atacante Giovani. Ficou, então, elas por elas.

O tempo passou, a poeira baixou e a relação entre presidente e treinador continuou, pasmem, praticamente intocável. Nem mesmo as (justas) cobranças da torcida por melhores exibições e até uma mudança no comando técnico do time
são capazes de superar tamanho carinho mútuo.

Leila tem trabalhado arduamente nos bastidores nas últimas semanas para garantir a permanência do português para além de 2025. Está disposta a oferecer um salário ainda maior, melhores condições para buscar mais títulos e, obviamente, muita confiança, apreço e respeito.

A decisão, por sua vez, não está totalmente nas mãos de Abel Ferreira. Está, acima de tudo, nas outras seis mãos que, juntas, carregam o pai e o marido. Uma parceria que começou em Portugal, passou pela Grécia e reverberou no Brasil.

Esta coluna é parte da quinta edição da revista EntreRios, disponível nas principais bancas. Você também pode assinar e receber a publicação no conforto da sua casa.

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