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Zagallo clamou por Gullit no adeus de Ancelotti

Carlo Ancelotti, 65, deixa o Real Madrid e assume a Seleção Brasileira em busca do hexa

Despedida de Carlo Ancelotti do Real Madrid

Carlo Ancelotti se despede do Real Madrid de olho na Seleção Brasileira. Crédito: Carlo Ancelotti/Instagram

Maio de 1992. Amistoso entre Milan e Seleção Brasileira, no San Siro, marcou a despedida de Carlo Ancelotti
como jogador.

Ao término da partida, os vitoriosos visitantes (1-0) foram atrás de outro craque daquela equipe estrelada: Ruud Gullit, uma das maiores figuras do futebol internacional, aos 29 anos. Fora campeão europeu com a seleção da Holanda em 1988 e bicampeão da Liga dos Campeões com o próprio Milan.

A camisa número 10 do time rossonero foi então disputada por unhas e dentes depois do apito final. Ora por Valdo, dos principais destaques do Brasil, e Mário Jorge Lobo Zagallo, auxiliar de Carlos Alberto Parreira.

“Troquei a camisa com o Gullit, mas o Zagallo ficou louco, porque também queria muito uma camisa dele. Andamos para cima e para baixo para conseguir outra. Insistimos tanto que o Gullit arranjou mais uma para o Velho Lobo”, recorda Valdo, à época jogador do PSG.

Enfrentar o Milan de Ancelotti, Gullit e companhia não foi novidade para o ex-meia de Grêmio, Cruzeiro e Botafogo. Em 1990, ele acabou derrotado pelos italianos na final da Liga dos Campeões, quando defendia o Benfica.

Ancelotti foi um dos melhores jogadores da posição. O Milan tinha um meio-campo fantástico com Ancelotti, Rijkaard e Gullit. Isso sem falar do Van Basten no ataque”, destacou Valdo.

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“Ele era forte na marcação e tinha muita qualidade na saída de jogo. Sempre teve uma excelente visão de jogo”, completou. Valdo, ex-treinador e hoje comentarista esportivo em Portugal, parabenizou Ancelotti ainda durante o amistoso.

O italiano tinha 33 anos e já encaminhava-se para trabalhar na área técnica. Tornou-se auxiliar da seleção da Itália pouco tempo depois.

“A atmosfera daquele jogo foi espetacular e um tanto quanto triste, porque um dos melhores jogadores da história do futebol italiano estava parando de jogar. A festa era deles, mas felizmente vencemos o jogo com um gol do Careca”, contou.

“Em campo, Ancelotti esteve sereno, tranquilo e seguro nas ações. E, claro, visivelmente mergulhado em um mar de emoções. Dizer adeus ao futebol não é fácil“, complementou.

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“Foi uma boa escolha da nossa Seleção. É um conhecedor profundo do futebol. Ganhou tudo como jogador e treinador. Muito honestamente, não achava mesmo que o Ancelotti fosse aceitar o convite, por tudo aquilo que envolve os bastidores da seleção e também porque, e digo isso de fonte segura, ele tinha uma oferta astronômica da Arábia Saudita”, elogiou Valdo.

Esta coluna é parte da primeira edição da revista EntreRios, distribuída nas principais bancas de Portugal. Você também pode assinar e receber a publicação no conforto da sua casa, além de ler a publicação completa.

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