Carris abre inquérito interno após acidente do Elevador da Glória, em Lisboa
Empresa promete rigor no apuramento de causas enquanto todos os ascensores de Lisboa seguem suspensos. Em outra frente, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) concluiu as perícias no local

Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) concluiu as perícias no local do acidente. Crédito: Tiago Petinga/LUSA
*Com informações da Agência LUSA e Público
O descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, na última quarta-feira (3), deixou 16 mortos e mais de 23 feridos, incluindo turistas de diversas nacionalidades.
O presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, anunciou a abertura de uma investigação interna e garantiu que será “intransigente” na apuração das causas do acidente.
Além do Elevador da Glória, todos os ascensores da capital portuguesa (Bica, Lavra e funicular da Graça) continuarão suspensos até que termine a inspeção técnica feita por uma entidade externa, prevista para os próximos dias.
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A Carris informou que fez “um ajuste direto com a empresa que atualmente assegura a manutenção dos elevadores e ascensores de Lisboa por cinco meses, depois de o contrato público para esse efeito ter terminado no final de agosto”.
Inspeções recentes, realizadas na manhã anterior ao acidente, não apontaram problemas: técnicos deram “luz verde” em todos os parâmetros. O foco agora é entender a causa do descarrilamento, que gerou comoção entre turistas e residentes, enquanto medidas de segurança adicionais são avaliadas pelas autoridades.
A causa do acidente, segundo apuração do jornal Público, foi a ruptura do cabo que assegura a ligação entre as duas cabines. Há dúvidas sobre a manutenção do Elevador da Glória, terceirizada até agosto para a empresa MAIN, levantadas principalmente por fontes sindicais. A Carris, no entanto, garante que todos os procedimentos estavam em dia.
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Perícia
Em outra frente, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) concluiu as perícias no local.
Segundo Nelson Oliveira, responsável pelo gabinete, os técnicos vão “analisar tudo o que seja relevante para a investigação”, que foca especificamente no sistema do Elevador da Glória, bastante antigo, com eletrificação de 1915.
A investigação será coordenada diretamente pelo GPIAAF, em cooperação com peritos e universidades, e poderá haver outras apurações paralelas conduzidas por entidades externas. A previsão de publicação de um relatório preliminar é de 45 dias.
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