Exclusivo: Luiza Brunet fala de feminismo e novos projetos
Durante sua passagem por Portugal em agenda de ativismo contra a violência doméstica, a empresária cumpriu o papel de inspirar outras mulheres

Luiza Brunet conversou com a revista EntreRios, em Lisboa. Crédito: MARCELO TABACH
Empresária, atriz, modelo, palestrante e ativista pelos direitos das mulheres. Luiza Brunet transformou a sua própria história em uma bandeira de luta. Hoje, aos 63 anos, ela é símbolo de coragem, feminilidade e reinvenção. E é ela a “Primeira Pessoa” da edição de agosto (nº 3) da revista EntreRios.
A conversa aconteceu durante sua passagem por Portugal, onde cumpriu uma agenda voltada ao ativismo contra a violência doméstica. Num bate-papo mais intimista, Brunet compartilhou sua trajetória de vida — da infância humilde no Mato Grosso até se tornar uma das mulheres mais influentes do Brasil.

Na entrevista, ela revisita momentos decisivos, como o episódio de violência doméstica que sofreu e denunciou em 2016, sua atuação em causas sociais e os caminhos que a levaram a assumir o ativismo como missão de vida.
“A violência contra a mulher não distingue classe social ou nível econômico. A mulher, seja qual for o seu perfil, pode ser vítima. E eu sempre convido mulheres para compartilharem relatos, porque são histórias muito duras. Elas ferem o coração da gente”.
Ela destaca a importância da educação como ferramenta para prevenir a violência e fala sobre como sua experiência pessoal fortaleceu seu compromisso com a causa.
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Brunet também reflete sobre feminismo, maturidade e amor próprio. Ela ressalta que as relações saudáveis dependem do respeito e da igualdade entre homens e mulheres, afirmando que “assim como a gente busca homens incríveis, tem homens incríveis que buscam mulheres incríveis também”.
Ao falar sobre a pressão estética e o envelhecimento, a ex-modelo defende que a beleza verdadeira está ligada à autoestima e à forma como cada pessoa se sente.

Com uma vida marcada por resiliência, Luiza relata que nunca se sentiu limitada pelas origens humildes. Pelo contrário, transformou os desafios em combustível para avançar na carreira e nas causas que abraça.
“Nunca me senti tão bem e tão bonita. É como o poder real, o da fala. Eu me orgulho da menina que começou a trabalhar cedo, que não completou o ensino fundamental, mas que conseguiu chegar onde está”.
Ela ainda comenta os projetos que pretende desenvolver e reforça a importância de mulheres compartilharem histórias de superação para inspirar outras a romper ciclos de violência e desigualdade.
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A entrevista está na edição de agosto (nº 3) da revista EntreRios, já disponível nas bancas em Portugal continental. Para receber todo mês conteúdos exclusivos e entrevistas especiais, faça sua assinatura com preço promocional: https://revistaentrerios.pt/assinatura/.
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