Margareth Menezes faz turnê europeia e exalta a ancestralidade afro-brasileira
A ministra da Cultura e ícone da música baiana faz shows em Lisboa e Oslo, reforçando o legado do afropop brasileiro e preparando novidades para o carnaval de 2026

Do Pelourinho para o mundo: Margareth Menezes celebra o afropop em turnê europeia. Crédito: Divulgação
A energia e a ancestralidade da Bahia cruzaram o Atlântico mais uma vez. Margareth Menezes está em Portugal para apresentar seu show no dia 22 de outubro, em Lisboa, e segue depois para Oslo, na Noruega, no dia 24. No repertório, a cantora mistura clássicos de sua carreira com músicas do álbum Autêntica e homenagens a mestres como Gilberto Gil e Caetano Veloso:
“É um combo que descreve o meu trabalho e a linguagem do afropop brasileiro, da sonoridade da Bahia, do Axé, com uma visão ampla das influências que me formam”, resume a artista, que celebra 38 anos de carreira.
Margareth, reconhecida como a voz do afropop brasileiro, explica que o termo vai além de um estilo musical e sim é uma afirmação de identidade e ancestralidade: “O afropop confirma que a ancestralidade está no presente. Desde 1992 eu defendo essa linguagem. Se existe pop rock, por que não afropop?”, questiona.

Para ela, o gênero é uma resposta às tentativas históricas de negar a contribuição afro-brasileira na cultura contemporânea: “É sobre reconhecer nossa raiz e agir na atualidade”, completa.
Os 40 anos do axé
O ano de 2025 marca também os 40 anos do movimento axé, surgido na Bahia e que projetou nomes como Daniela Mercury, Carlinhos Brown e a própria Margareth:
“O Axé não é um ritmo, é um movimento. Ele nasce dessa mistura de influências afro-brasileiras, tropicalistas e carnavalescas”, explica.
Em seus shows, sucessos como Faraó (Divindade do Egito), Alegria da Cidade e Dandalunda seguem indispensáveis: “São músicas que contam minha história e continuam emocionando o público, especialmente as novas gerações que estão conhecendo meu trabalho agora”, diz.
Mesmo à frente do Ministério da Cultura, Margareth faz questão de manter viva sua trajetória artística: “Eu tiro férias para cantar”, brinca. Para 2026, ela promete novas canções e presença garantida no carnaval de Salvador.
A artista costuma emocionar o público com Pelo Mar e do Mando Flor, composição própria que exalta a força espiritual e a beleza da Bahia: “Ei, Bahia, é Bahia de pai e mãe, Bahia maravilha, da madrugada é o esplendor”. Uma celebração da música, da identidade e da fé que movem a artista há quase quatro décadas.
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