Rota dos Vinhos Verdes: conheça os melhores passeios e vinícolas do norte de Portugal
Região que se estende do litoral atlântico até o interior, passando por cidades históricas como Braga, Guimarães e Ponte de Lima, é o destino ideal para amantes de vinho e cultura

A rota entre Braga, Guimarães e Ponte de Lima encanta viajantes com história, cultura e os sabores inconfundíveis do vinho verde. Foto: Canvas
A Rota dos Vinhos Verdes é uma das experiências enoturísticas mais autênticas de Portugal. Localizada no noroeste do país, ela abrange nove sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção/Melgaço, Paiva e Sousa.
Com mais de 20 mil hectares de vinhas, o circuito oferece ao visitante um mergulho nos sabores, paisagens e tradições de uma das áreas vinícolas mais antigas da Europa.
Ao contrário do que o nome sugere, o vinho verde não se refere à cor, mas sim à juventude da bebida.
Produzido principalmente a partir de castas como Alvarinho, Loureiro e Trajadura, o vinho verde pode ser branco, rosé ou tinto — embora o branco seja o mais conhecido internacionalmente.
Com acidez viva, teor alcoólico mais baixo e, muitas vezes, uma leve efervescência natural, ele é perfeito para acompanhar frutos do mar e pratos leves, além de ser a cara dos dias quentes.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que torna essa bebida tão especial, chegou a hora de descobrir os melhores destinos para explorar ao longo da Rota dos Vinhos Verdes. Abaixo, reunimos as paradas imperdíveis!
1 – Monção e Melgaço – Alvarinho de excelência
Localizadas no extremo norte, na fronteira com a Galícia, as vilas são o berço da casta Alvarinho, considerada a “joia” da região. Destacam-se as vinícolas Soalheiro e Palácio da Brejoeira, que oferecem visitas, provas e harmonizações em cenários naturais deslumbrantes.

2 – Ponte de Lima – história e tradição
A vila mais antiga de Portugal merece a sua visita! Além do charme arquitetônico, é no local que se destacam vinhos da casta Loureiro, como os produzidos pela Adega Cooperativa de Ponte de Lima. Aproveite para passear pelo centro histórico e saborear a gastronomia local. Experimente o famoso arroz de sarrabulho em restaurantes como Adega do Adão e Brasão.

3 – Braga e Guimarães – cultura e enoturismo
Em Braga, vale incluir vinícolas nas proximidades como a Quinta da Aveleda, em Penafiel, com jardins centenários e excelente estrutura para enoturismo. O lugar oferece provas, passeios de bicicleta, piqueniques e oficinas para você criar o seu próprio vinho e pão.
Já em Guimarães, cidade-berço de Portugal, é possível combinar história com visitas a pequenas quintas familiares, como a Quinta dos Encados e Quinta Eira do Sol. Não deixe de percorrer o centrinho, circular pelo Castelo de Guimarães e se deliciar na Casa Costinhas, uma das confeitarias mais tradicionais da cidade. Não saia de lá sem experimentar a torta de Guimarães (massa folhada recheada com ovos, amêndoas e doce de chila, parecida com abóbora).

4 – Baião e Amarante – vinhos elegantes às margens do Douro e do Tâmega
A sub-região de Baião se destaca pela casta Avesso, de perfil aromático e sofisticado. A Quinta da Covela, com vista para o Douro, oferece uma das experiências mais exclusivas da rota. Além de degustações, é possível dormir em uma das quatro suítes da propriedade e participar dos jantares musicais “Noites de Verão”, que acontecem durante a estação mais quente do ano.
Em Amarante, a dica é visitar e/ou se hospedar no Monverde Wine Experience Hotel, que fica na Quinta de Sanguinhedo. O lugar é um paraíso para quem ama relaxar e degustar bons vinhos. Há spa, restaurante e diversos workshops, como, por exemplo, o de pintura.
Uma vez no centro histórico, visite o Museu Amadeo de Souza-Cardoso e prove os tradicionais doces fálicos de São Gonçalo. Eles são símbolo é fertilidade no casamento.

5 – Viana do Castelo – vinhas com vista para o mar
Na costa atlântica, a produção de vinho se mistura com a brisa marítima. Por lá, você pode visitar quintas mais intimistas, que valorizam práticas sustentáveis e vinificação artesanal, com destaque para experiências enogastronômicas à beira-mar.
Em Viana do Castelo, inclua a Casa da Reina, propriedade de 1744 gerida por um casal de engenheiros agrônomos, que produz vinhos com as castas Loureiro, Trajadura, Pedernã e Alvarinho. Vale incluir ainda o centro histórico. Percorra suas ruas e passe pela Praça da República, Igreja de Misericórdia, Museu do Traje e o Forte de Santiago de Barra.

Quando ir
Na primavera, quem visita a região é presenteado com paisagens encantadoras e temperaturas perfeitas para explorar sem pressa. No verão, começa a vindima — e muitas vinícolas abrem as portas para quem quiser participar da colheita e viver a rotina do campo de perto.
Já no outono e no inverno, o clima fica mais acolhedor, com cenários dignos de cinema: folhas douradas, neblina suave e lareiras acesas completam a experiência.
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