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Os 70 de Ancelotti

Com 70 nomes na mira de Ancelotti, Brasil vive o desafio de converter talento em protagonismo mundial às vésperas da Copa de 2026

Técnico da seleção brasileira de futebol, Carlo Ancelotti. Crédito: Paulo Pinto/Agência Brasil.

Dia 4 de setembro, Carlo Ancelotti pisou com seus sapatos italianos pela primeira vez no sagrado gramado do Maracanã.

Lá, comandou a Seleção Brasileira na tranquila vitória sobre o Chile por três a zero. Na véspera da partida, o técnico fez uma afirmação um tanto ousada, com pitadas de polêmica: disse que há cerca de 70 jogadores em condições de serem convocados para disputar a Copa do Mundo do ano que vem

Segundo o italiano, nenhum outro país do planeta conta com um leque tão variado de opções. A questão é: de um universo tão amplo, quantos desses podem se transformar em protagonistas globais, entrando no Top 10 mundial ou sendo reconhecidos como os melhores em suas posições?

Nos últimos anos, o Brasil revelou muitos bons jogadores, mas poucos se firmaram na elite, onde ainda reinam Messi, Cristiano Ronaldo e Mbappé. O que mais se aproximou disso foi Neymar. Mas o hoje craque do Santos perdeu o foco e acabou sendo mais notícia fora do que dentro do campo. Ainda assim, há nomes capazes de ocupar esse espaço.

No momento, Vinícius Júnior é o principal. Campeão da Liga dos Campeões e peça central do Real Madrid, aparece entre os cinco melhores jogadores do mundo, sendo eleito o The Best pela Fifa em 2024.

Além disso, assumiu protagonismo na luta antirracista, após ser alvo de vários ataques na Espanha.

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Na Premier League, Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus são peças-chave do Arsenal, mas ainda sem regularidade para chegar ao topo. Entre eles, Martinelli, mais jovem, parece ter maior margem de crescimento.

Um dilema brasileiro: abundância de opções, mas ainda falta transformar quantidade em qualidade — um cenário preocupante a apenas nove meses da Copa de 2026”.

Outro que começa a brilhar nos gramados ingleses é o ex-palmeirense Estêvão, que vem se destacando no Chelsea. O atacante, inclusive, tem presença frequente nas convocações de Ancelotti e foi eleito a segunda melhor contratação da temporada na Premier League.

No meio-campo, Bruno Guimarães (Newcastle) já figura entre os melhores da Liga Inglesa. Se mantiver o nível nas competições europeias, o volante pode brigar pelo reconhecimento como um dos grandes da posição na atualidade.

Na defesa, Marquinhos ainda é a principal aposta. Capitão da Seleção, o zagueiro de 31 anos foi um dos destaques na inédita conquista do PSG na Champions League deste ano. Laterais, antes símbolo do Brasil, hoje se tornaram o calcanhar de Aquiles do país, tanto que os envelhecidos Danilo e Alex Sandro ainda têm espaço na Seleção.

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No gol, o cenário é melhor. Alisson e Ederson já foram premiados como os melhores do mundo na posição e seguem nesse patamar, uma das raras áreas em que o Brasil não apenas tem quantidade, mas também qualidade de elite.

A fala do técnico italiano expõe o dilema brasileiro: abundância de opções, mas ainda falta transformar quantidade em qualidade – um cenário preocupante a apenas nove meses da Copa de 2026.

Essa coluna foi publicada originalmente na revista EntreRios.

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